Sarau Bar apresenta uma galeria líquida de Gabriel Santana

Nova carta do Sarau Bar transforma coquetéis em homenagens a artistas brasileiros, unindo arte, sabor e cultura paulistana.

Foto: Divulgação

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Há bares que servem drinks. E há o Sarau Bar, no coração do Pulso Hotel, que os transforma em verdadeiras obras de arte. Ainda em celebração ao seu primeiro aniversário, o espaço revelou sua nova carta de coquetéis, concebida por Gabriel Santana, Bartender do Ano pela Folha de S. Paulo em 2024 e único nome a vencer etapas do World Class tanto no Brasil quanto na Suíça.

A noite de degustação teve algo de vernissage: cada drink apresentado era mais do que um gole, era uma narrativa, uma homenagem, uma interpretação líquida de artistas que moldaram o olhar e a sensibilidade do Brasil. Para guiar essa viagem sensorial, cada criação traz a percepção da editora, revelando sabores, aromas e técnicas que tornam cada coquetel uma experiência única. Confira!

Bandeirinhas — Alfredo Volpi

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Composição: Grappa, cachaça envelhecida, manteiga de garrafa, xarope de arroz, limão, borbulhante de cambuci. Guarnição: caramelo/doce de leite com pipoca de arroz. Homenagem às festas juninas e às bandeirinhas de Volpi, com o toque ítalo-brasileiro da grappa.

"O Bandeirinhas chega à mesa com frescor imediato, mas não abre mão da força calorosa da cachaça, acolhedora e familiar. É como se o quentão, bebida típica das festas juninas, tivesse ganhado uma versão solar e leve, feita para o verão. Um drink que carrega memória afetiva, mas surpreende pelo equilíbrio entre tradição e inovação."

Cúrcuma e Jenipapo — Andrés Sandoval

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Composição: Vodka com infusão de genipapo, camomila, xarope de cúrcuma com mel e zeste de limão, bitter de laranja e limão-siciliano, clarificado no leite. Guarnição: pétalas comestíveis (azuis de preferência) e spray de água de rosas. Inspira-se no projeto de ilustração “Cúrcuma e Jenipapo”, em leves cortes visuais e contraste cromático.

"O Cúrcuma e Jenipapo revela-se um drink de equilíbrio refinado: delicado na medida certa, mas marcado pela elegância e imponência que o mel imprime em cada gole. A cúrcuma surge com presença calculada, sem dominar, mas conferindo uma personalidade única e luminosa, como um traço preciso em uma tela minimalista."

Território Afetivo — Carla Caffé

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Composição: Clarificado no iogurte. Rum branco, jabuticaba, cordial de banana, Cynar e limão-taiti, clarificado no iogurte. Guarnição: ar de coco. Um mapa afetivo: o fruto urbano (jabuticaba), origens afro-caribenhas (rum e coco) e o popular (banana e amargor herbal).

"O Território Afetivo se apresenta como um mapa de sabores afetivos e muito brasileiros. A acidez do iogurte e da jabuticaba equilibra com precisão a doçura da banana, criando uma harmonia inesperada e sofisticada. A técnica de clarificação dá leveza e transparência ao coquetel, transformando ingredientes populares em uma experiência de alta coquetelaria."

1935 — Evandro Carlos Jardim

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Composição: Uísque envelhecido, vermute rosso com cumaru e Cynar 70 com maracujá. Guarnição: moeda de limão-taiti. Releitura do boulevardier: conservação do tempo (uísque), poesia introspectiva (cumaru) e urbanismo paulistano (amargor).

"O 1935 é introspectivo e elegante, como uma pausa contemplativa. O uísque envelhecido traz profundidade e tempo, enquanto o vermute com cumaru e o Cynar com maracujá adicionam camadas de amargor e doçura sutil. É um drink que conversa com o silêncio e a poesia urbana de São Paulo, firme, sofisticado e cheio de melancolia refinada."

Porto Atlântico — Alberto Martins

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Composição: Vodka Ketel One, xarope de acerola, laranja, limão-taiti e clara de ovo com puxuri. Finalização: float de vinho do Porto e castanha-do-pará ralada. Camadas e relevos tropicais, uma tradução líquida de sua obra “Homem com Tambor”.

"O Porto Atlântico é um verdadeiro destaque da noite, combinando frescor intenso da acerola com um fundo adocicado delicado que envolve o paladar suavemente. A espuma com puxuri acrescenta leveza e aroma sutil, tornando cada gole uma experiência elegante e envolvente. É fácil entender por que se tornou meu favorito, equilibrando frescor, sofisticação e delicadeza em perfeita harmonia."

Monsieur Charlot — Charlô

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Composição: Cognac, calvados, cordial de goiaba e club soda. Aromas: spray de Williamine e folha de louro. Ligação elegante entre França e Brasil, complexa e refrescante. 

"O Monsieur Charlot surpreende ao vestir a sofisticação francesa em trajes de brasilidade. A goiaba traz doçura vibrante, enquanto o louro evoca raízes sertanejas, conferindo um tom terroso e nostálgico. É um drink elegante, mas com a alma profundamente brasileira, que conecta tradição e refinamento em um mesmo gole."

É nesse momento que se entende o próprio Sarau Bar. Mais do que o bar do hotel, ele é a alma do Pulso, espaço que recupera a tradição dos grandes hotéis como epicentros culturais. Com curadoria musical de Rômulo Fróes e Vitor Kurc, tornou-se ponto de encontro de quem busca música, arte e coquetelaria como parte de uma mesma experiência.

“Mais do que drinks, buscamos criar narrativas. Cada receita é uma leitura, uma homenagem, um gesto de encontro entre universos distintos, da coquetelaria à arte, do olhar ao paladar”, resume Gabriel Santana.

Para Otávio Surini, CEO do Pulso Hotel, a carta reforça a essência do empreendimento: “O Pulso nasceu com a missão de ser mais que um hotel. Queremos ser o ponto de encontro da cultura paulistana, e o Sarau traduz esse espírito em cada detalhe.”

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Ao final da degustação, a sensação é clara: brindar no Sarau é também participar de uma celebração da criatividade que atravessa São Paulo. Uma experiência que vai muito além do copo.

Sarau Bar — Pulso Hotel

Seg a Qui: 18h às 01h

Sex e Sáb: 19h às 02h

Dom: fechado