AYA Talks 2025 conecta moda, beleza e sustentabilidade
- Danielle Moreira
- 19 de ago.
- 3 min de leitura
AYA Talks 2025 reúne líderes e marcas em São Paulo para debater moda, beleza e bem-estar sob a ótica da sustentabilidade regenerativa.

Foto: Divulgação
São Paulo recebeu, nos dias 13 e 14 de agosto, a segunda edição do AYA Talks, maior evento brasileiro de sustentabilidade aplicado à moda, beleza e bem-estar, organizado pela AYA Earth Partners. A programação contou com debates sobre circularidade, bioeconomia, moda indígena, slow fashion, consumo consciente e práticas regenerativas, reunindo executivos, empreendedores, criadores, jornalistas, artistas e ativistas que colocaram no centro da conversa a urgência de novos caminhos para a indústria criativa.

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A abertura foi conduzida por Patrícia Ellen, fundadora da AYA, que mediou um painel sobre liderança sustentável com Cyntia Watanabe (C&A), Daniel Cady (MURI) e Suelen Joner (Azzas 2154). Em seguida, Paulo Borges, fundador da SPFW, liderou uma discussão sobre a moda indígena como expressão de território, identidade e sustentabilidade, com nomes como Andrezza Cruz (Farm Rio), Dayana Molina, Maria Fernanda Paes de Barros (Yankatu) e Patrícia Kamayura.

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O dia também incluiu debates sobre o papel das marcas na transformação cultural, com representantes da Wieden+Kennedy, Meta, Ambev e Agência Gana, além de um painel sobre empreendedorismo de impacto com iniciativas de inclusão social e geração de renda como Reserva, Orienta Vida, Projeto Vida Corrida e Riachuelo.

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O encerramento do primeiro dia destacou o poder da influência na transformação de hábitos, com falas de Kamila Camilo (Instituto Oya), Victoria Linhares e da ativista indígena Txai Suruí, recém-nomeada jovem liderança climática da ONU. Ela ressaltou a importância de ocupar grandes espaços de decisão:
“As mudanças climáticas já estão afetando a todos, principalmente os povos indígenas. Precisamos usar celulares, drones e câmeras para lutar nossas batalhas, dialogar com a sociedade e mostrar o que está acontecendo, porque a mídia tradicional ainda não revela a violência e os desafios que enfrentamos.”

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No segundo dia, o foco esteve na conexão entre tradição e inovação. O painel de abertura reuniu Danni Suzuki, Guto Requena, Theo Webert e Cris Dios em torno da criação de espaços de bem-estar a partir de tecnologia ancestral e medicina da natureza.
Na sequência, especialistas como Agustina Comas (COMAS), Fernanda Simon (Fashion Revolution) e Lara D’Avilla discutiram estratégias para ampliar a circularidade na moda, seguidos por um debate sobre o mercado de segunda mão com Andressa Kucinski, Marina Sanvicente, Natalie Klein e Paloma Danemberg.

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Outro ponto alto foi o painel sobre moda e beleza com propósito, mediado por Maria Toledo, nova embaixadora da AYA e sócia da Z Creators, que reuniu reuniu Ana Carolina Oliveira (Alfaparf), Marina Ricciardi (Hering), Pedro Buzzatto (Bazaar Brasil) e Vanessa Rozan (Liceu de Maquiagem). Maria defendeu que: “Nosso papel é construir pontes entre formadores de opinião, marcas e consumidores, mostrando que inovação e propósito podem caminhar juntos.”
O encerramento ficou por conta de uma reflexão sobre slow fashion e moda artesanal, com Airon Martin (Misci), Helô Rocha, Isa Silva e Rener Oliveira. Isa destacou a relevância da identidade latino-americana: “A América Latina é o futuro do mundo. Temos ecossistema, alegria e vontade de viver, e isso nos diferencia. A moda é nosso espaço para enaltecer a autoestima, e esse é o luxo que devemos levar.”

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Com curadoria de Flávia Vagen e patrocínio do Grupo Azzas 2154, junto à C&A e Blockforce, o AYA Talks 2025 foi mais do que um encontro. Foi um chamado para reconhecer que o tempo da moda e da beleza não pode ser maior que o tempo da natureza. Um lembrete de que preservação, tecnologia e comunidade não são caminhos isolados, mas fios entrelaçados que podem sustentar um amanhã possível. No palco, ideias germinaram como sementes, trazendo à consciência que só haverá futuro se aprendermos a coexistir e a cuidar do planeta que nos acolhe.