FENDI e Aitana revelam a leveza lúdica do Verão 2025
- Danielle Moreira
- 10 de jun.
- 2 min de leitura
Na nova campanha da Fendi, Aitana percorre texturas, ícones e cores da coleção Verão 2025 como quem redescobre a própria casa.

Foto: Sophie Jones @sophographylondon @kintzing_
Na nova campanha da Fendi para a coleção Verão 2025, a cantora e atriz espanhola Aitana se move entre objetos, roupas e espaços como quem interpreta um roteiro de descoberta silenciosa. Tudo começa com uma bolsa Peekaboo deixada à porta. A partir desse gesto mínimo, a narrativa se desenrola em um ambiente doméstico que se transforma em um universo lúdico, feito de texturas, formas e símbolos.

Foto: Sophie Jones @sophographylondon @kintzing_
A campanha, lançada oficialmente em 8 de junho, é conduzida pela trilha sonora de "Segundo Intento", faixa que marca uma nova fase criativa da artista e antecipa o álbum Cuarto Azul. A música imprime ritmo à campanha, que não se contenta em mostrar roupas. Ela as insere em um cotidiano reimaginado, onde cada peça revela uma dimensão sensorial e espacial.

Foto: Sophie Jones @sophographylondon @kintzing_
A coleção Verão 2025 da Fendi mergulha no legado da Maison sem reverência excessiva. Elementos da coleção Primavera/Verão 1978, assinada por Karl Lagerfeld, reaparecem aqui em composições inesperadas. Em vez de reproduzir o passado, a Fendi o distorce com liberdade. Bordados inspirados em formas naturais, florais de bandana em escala ampliada e tramas que evocam esculturas de coral criam uma iconografia solar, mas nada literal.

Foto: Sophie Jones @sophographylondon @kintzing_
O uso de materiais como ráfia e denim, aliados a uma paleta que vai do terracota ao azul oceano, sugere um litoral abstrato. Há na coleção algo de veraneio italiano, mas filtrado por um olhar que privilegia a memória e a invenção, não a descrição direta. É um verão íntimo, mais sensorial do que turístico.

Foto: Sophie Jones @sophographylondon @kintzing_
Ao escolher Aitana como protagonista, a Fendi acentua esse movimento de aproximação entre moda e expressão pessoal. A artista não é apenas uma embaixadora de imagem. Ela atua como uma personagem em trânsito, que transforma a casa em cenário, o corpo em linguagem e a roupa em território de criação.
Em seu centenário, a Fendi volta ao ponto de origem para reformular suas possibilidades. Não há nostalgia. Há reconhecimento de uma herança que segue em mutação, como o verão que nunca se repete, mas sempre retorna.
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