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Dior e sua luta escapista para Alta-costura Verão 2025

Em meio à tempos incertos, Dior de Maria Grazia Chiuri luta por um escapismo onde a infância é a reconstrução de forças femininas para a Alta-Costura Verão 2025.

Foto: Instagram @dior

 

O mundo de Dior sempre foi permeado pela exaltação do feminino, redefinindo durante a história silhuetas e narrativas que trouxessem a tona uma voz única, mas para essa semana de Alta-costura Maria Grazia Chiuri apresenta em tom de escapismo as lutas que estão por vir (ou que já se fazem presente).

Foto: Instagram @dior


Já é mais do que comprovado de que quando o conservadorismo entra em cena, os direitos das mulheres são os primeiros a serem atacados, mas para essa "luta armada" Dior revisita uma armadura nada convencional da inocência infantil, baseado na personagem de "Alice no Pais das Maravilhas". Curiosa, questionadora e criativa a personagem possui uma roupagem característica de uma figura que inicialmente era apenas uma consequência das intercorrências ao seu redor, mas que acha uma saída (escape) para um mundo de liberdade desconhecida.

Foto: Instagram @dior


Vemos o uso de babados, rendas, volumes estratégicos e cores que remetem a vestimenta infantil, em golas e fitilhos extremamente femininos, criando um contraponto com a alfaiataria robusta e minuciosa de Monsiour Dior. Nada de forma convencional, afinal a arte de Leonor Fini e Dorothea Tanning foi ponto de inspiração de uma atmosfera Surrealista para essa coleção, assim como a ambientação com desenhos botânicos da artista indiana Rithika Merchant.

Foto: Instagram @dior


A atmosfera entre pássaros, folhagens e seres místicos ultrapassou as ilustrações da artista e estão presentes em bordados, espartilhos, anquinhas e crinolinas que em momentos lembraram gaiolas. A silhueta em trapézio de Saint Laurent foi revisitada, o que trouxe um bom antagonismo de liberdade para o corpo extremamente marcado.

Foto: Instagram @dior


Na beleza a maquiagem minimalista foi a tela em branco para moicanos estruturados e adornados com penugens, com toque de rebeldia do punk em uma leveza que remete à coroas de pássaros.

Foto: Instagram @dior


Apesar de todo o questionamento que estamos presenciando sobre a diminuição de corpos e exaltação de curvas delimitadas, a apresentação de Dior foi uma grande aula de como a semiótica da ingenuidade pode ser o ponto de inicio de uma luta ainda persistente.


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